6 - Artigos Auxiliares (Epilepsia)
6 - A Epilepsia e os ataques obsessivos - Carlos Pastorino
Caracterizada por ataques paroxismais, com perda de consciência e espasmos musculares tônicos ou crônicos. Por sua manifestação espetacular externa, desde remota antiguidade impressionou a todos, sendo atribuída a agentes espirituais (possessão) ou à influência da lua (lunáticos). Hipócrates (460‐370 a. C.) já se esforçava em provar que era mal físico, e não sagrado. Mas só a Partir de 1857 é que o médico inglês Thomas Laycock deu um passo real à frente, introduzindo o bromo em sua terapia preventiva. O ataque pode ser leve – alguns segundos de simples ausência, ou seja, de lapsos de consciência – até as convulsões violentas. Frequentemente a vitima percebe a aproximação do ataque, por sintomas diversos – embora sempre idênticos em cada pessoa – que podem ser um calor envolvente, uma sensação típica visual, olfativa, auditiva, gustativa, táctil ou dolorosa, esta sobretudo na parte alta do abdome. Em muitos casos pode verificar‐se uma disfunção ou disritmia cerebral, verificável por meio da Eletroencefalografia (EEG) quando se diz que se trata de epilepsia sintomática, orgânica ou secundária; mas em outros casos nada é encontrado, e o EEG é normal, quando então se diz que é epilepsia idiopática, essencial, criptogênica ou genuína. Recomenda‐se que, além dos remédios preventivos (fenobarbitúricos) os pacientes se mantenham com pensamentos bons e alegres, em perfeita higiene mental.
Ação de obsessores no ponto fraco ‐ Não é difícil reconhecer, nos ataques epilépticos, uma ligação da vítima com seu obsessor, em legítima incorporação. Com isto não queremos negar os progressos científicos da medicina, voltando à simples crendice: antes, buscamos explicar as conclusões da ciência, pela realidade do que ocorre. A epilepsia pode ocorrer naqueles que apresentam disritmias cerebrais. Neste caso, ou se verifica um lapso momentâneo nas funções nervosas (pequeno mal, ausências, etc.) e isso quase nunca é obra de obsessores; ou o ataque se desenvolve até às convulsões. Neste último caso dá‐se a influência espiritual pelo lócus minóris resistentiae (o que é normal em todas as incorporações), que é exatamente a lesão ou disfunção cerebral, que pode ser ou não hereditária. Feita a ligação pelo chakra umbilical (ou até mesmo pelo esplênico ou pelo fundamental), a repercussão violenta do choque psíquico atinge o ponto fraco, que é a parte cerebral afetada. Com o choque, a vítima caminha até o clímax convulsivo, quando então se dá o desligamento automático. O paciente, contudo, pela exaustão e desvitalização, cai de imediato em sono profundo durante uma ou duas horas. Ao despertar de nada se lembra, não tendo consciência nem mesmo de ter tido as convulsões. Doutras vezes a vítima nada tem de anormal no cérebro; o EEG nada acusa e, no entanto, a sintomatologia apresenta‐se idêntica. Nestes casos ocorre a ligação obsessiva violenta, com disritmia cerebral durante as convulsões, embora o EEG posterior nada acuse. Entretanto, se não forem evitados os ataques convulsivos, a lesão aparecerá com o tempo, pois mesmo que o EEG não acuse disritmia no cérebro físico, sua contraparte astral sofre desse mal, sendo aí o lócus minóris resistentiae. Uma das provas maiores do que afirmamos é a premonição sentida pela vítima do que vai ocorrer. Sendo médium, percebe a aproximação do obsessor, pelo fenômeno que os médicos denominam de aura epiléptica. Dependendo do ponto de maior sensibilidade, os fluidos do obsessor que se aproxima são notados pela vidência (cores, luzes ou, mais frequentemente, sombras), pela audiência (sons, ruídos, vozes), pelo olfato (odores típicos, acres ou fétidos), pelo paladar (gosto ácido na boca, ou por vezes adocicado), ou pelo tato (uma onda de calor irradiado que o envolve). Ora, a sensação de calor é muito comum nas sessões mediúnicas, antes da ligação do Espírito com os médiuns. Assim também a dor na boca do estômago é com frequência notada, no momento da ligação através do chakra umbilical (plexo solar).
O tratamento preventivo (a medicina até hoje não conseguiu a cura, mas apenas evita as convulsões) é ótimo para os médiuns: Pensamentos bons e alegres, mente higienizada, sem aborrecimentos nem raivas, sem emoções nem ressentimentos.
Quanto às drogas, o efeito que alcançam é isolar o tálamo do córtex e interromper as associações do lóbulo frontal; ora, essas mesmas drogas impedem qualquer ligação do Espírito com o médium, embora este seja normal.