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PAI HERÓI OU PAI MODERNO?


O Pai Herói de outrora, tornou-se uma lenda, ou nos dias de hoje seria chamado apenas de ditador e omisso? Afinal qual o papel do Pai na sociedade atual? Qual o perfil exigido pelos filhos hoje para ser Pai Herói? Qual o perfil masculino mais solicitado pelas esposas? E como ficam as famílias formadas por “Papai e papai”???

O PAPEL DO PAI NAS CRISES FAMILIARES E SOCIAIS

O que lotam as sessões de terapia atualmente, são problemas de relacionamentos conjugais e familiares entre filhos, pais e mães. Situações das mais diversas que deram origens a traumas, fobias, angústias, conflitos de sexualidade, viciações, dificuldades sociais, doenças psicossomáticas e, até, suicídios. Cenários complexos que integram o cotidiano de nossa sociedade adoecida, que entopem de processos o judiciário, as delegacias, que acabam por contribuir para a superlotação de clínicas, hospitais e também as penitenciárias e sem esquecermos, às instituições religiosas. Mas o que esses casos têm em comum? Na grande maioria são atribuídos a pais negligentes, imaturos, egoístas, irresponsáveis e casais desestruturados. Entretanto, após investigações terapêuticas, muitas revelações e esclarecimentos importantes acabam surgindo... Analisemos o conceito do Pai Herói sob a ótica tradicionalista das sociedades patriarcais em confronto com as expectativas da sociedade moderna, com avaliações da igreja, da psicologia analítica, social e espírita.

O PAPEL DO PAI SEGUNDO A IGREJA


Vejamos trechos do Sermão de Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr., disponível em: http://padrepauloricardo.org/episodios/crise-da-paternidade :

“...O Pai do Céu mandou seu Filho ao mundo, e se meditarmos neste sacratíssimo relacionamento Pai e Filho, repleto de um Amor tão incompreensível que também é Pessoa – o Espírito Santo – podemos perceber o significado mais perfeito de família e daquilo que Deus realmente espera da paternidade. Compreendemos assim porque o demônio se esmera tanto em derrubar a figura do pai.”

“...Nos últimos séculos, no entanto, lamentavelmente, o que temos visto é a derrocada da figura do pai.”

“...A figura do pai veio e continua decaindo, no inconsciente coletivo; cada vez menos se sabe respeitá-lo, obedecê-lo, tê-lo como modelo e autoridade a ser não só observada, mas também admirada.”

“...Agora, também nas famílias, a figura do pai vem diretamente sendo antagonizada pela sociedade atual. Existe claramente um projeto, um movimento, um processo em curso – que poderíamos chamar de satânico – para destruir a figura, a influência e a importância fundamental do pai na formação do ser humano.”

“...Neste movimento sutil e tenebroso, um exército muito empenhado e competente de professores, autores, artistas e comunicadores esquerdistas vêm desempenhando papel fundamental. Entre estes figuram nomes de grande popularidade e poder de formar opinião.”

”...De muitas maneiras, vemos na sociedade atual uma feminilização do homem: ele precisa se tornar cada vez mais materno e delicado – precisa assumir um certo ar e um comportamento cada vez mais dócil e suave, características e qualidades que são naturalmente típicas das mulheres. Se o homem não for assim, hoje, será desprezado, tratado como retrógrado, antiquado, reacionário... E ninguém quer esses rótulos. Ser pai no sentido tradicional tornou-se problemático, quando não inaceitável. Isso vem acontecendo na sociedade, na família...”

“A grande verdade é que as nossas famílias atuais, cada vez mais, parecem ter “duas mães”: uma “mãe com barba” e outra mãe sem barba, porque os dois –, pai e mãe, macho e fêmea –, querem fazer o papel da mulher... Ninguém mais quer assumir o papel do pai bravo, educador, amoroso porém detentor da autoridade última naquele núcleo familiar; responsável por prover não só o sustento, mas também e principalmente a base moral aos filhos.”

“...Como definir a especificidade da figura do pai? O que o define? Analisando a ação de Deus Pai na História Sagrada, a partir do Antigo Testamento, vemos que a primeira coisa que o SENHOR faz é dar a sua Lei; é estabelecer os limites entre o que é certo e o que é errado. Isso é próprio da figura do pai: educar. Isto implica também castigar, sim, quando preciso – é próprio do amor verdadeiro e zeloso do pai. Quer queira quer não, o pai sempre significou, de algum modo, a lei. E isso também pode significar, em determinados momentos, um certo distanciamento – e é por isso que não se quer mais ser pai. Todos querem ser "modernos", querem ser bonzinhos, tolerantes... Querem ser "cúmplices" dos filhos. E para alguém se assumir como a lei, como aquele que impõe os limites, é preciso coragem, determinação, firmeza em suas convicções. Isso dá trabalho e pode gerar alguma antipatia. Evita-se correr o risco.”

“Deus, que inspira a nossa paternidade, é o mesmo que – para o nosso bem – apresenta os nossos limites, dá a Lei e nos mostra até onde podemos ir, apresentando a simples verdade...” “Todo ser humano, em alguma fase de sua juventude, vive um período de rebeldia. Quer contestar a ordem estabelecida, quer impor o seu querer e o seu pensar, revolta-se contra "o sistema"... Ele quer, enfim, ser o seu próprio deus. Adolescentes, se não forem devidamente orientados, tornam-se pequenos ditadores. Cabe antes de tudo ao pai orientar, apontar a realidade, apresentar os limites, ensinar a lição fundamental: você não é deus.”

O pai cristão deve fundamentalmente e sempre, afinal, conscientizar-se dos seguintes fatos: por um lado, a Paternidade Divina é insubstituível; por outro, os pais aqui na Terra são como ícones de Deus Pai. Evidente que assumir-se como ícone de pai não quer dizer obrigar os filhos a uma obediência cega, tiranizando-os e obrigando-os à obediência cega. A grande missão do pai de família cristão é colocar-se de joelhos diante do Pai dos pais, do qual provém toda a paternidade, para aprender como gerar espiritualmente aos seus filhos.

O PAI E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS

Na opinião de alguns historiadores, as grandes mudanças no papel do pai dentro da sociedade contemporânea se iniciou logo após o término da Segunda Guerra Mundial, com as grandes recessões e principalmente com a introdução da mulher no mercado de trabalho. Vários episódios sociais tem contribuído para o desmoronamento da hierarquia doméstica e para a perda da autoridade do pai. O modelo de família, organizado com base na hierarquia, regido pela severidade de princípios, foi substituído por formas diferenciadas de organização, sem deixar lugar para o autoritarismo do antigo pai provedor, que exercia domínio sobre o grupo. A mulher, era responsável, tinha os afazeres da casa e o cuidado com os filhos, como ocupação exclusiva. Embora tais transformações repercutam na concepção de paternidade, subsistem, ainda, no imaginário social, marcas da estrutura tradicional. Não se trata apenas de colocar em questão determinado modelo familiar, e sim todos os referenciais de identidade individual, aos quais cada um tende a se moldar. Estruturas alternativas de convivência familiar estão cada vez mais frequentes em nossa sociedade. “Criam-se espaços para a manifestação diferenciada da paternidade (Hurstel, 1999)”. Se, de um lado, exigências sociais operam pulverizando a figura do provedor, de outro, as famílias buscam a se organizar, formando casais de dupla renda ou de dupla carreira. “Emerge então nova figura paterna, não mais ancorada no poder econômico (Monteiro, 2001; Souza, 1994)”. O homem manteve-se alheio a estas questões, como se fosse possível não ser atingido por elas.

Diante do processo que fragiliza a figura do pai, ele se dá conta do risco de ser reduzido ao papel de mero reprodutor. Tanto pode ser utilizado por mulheres que desejam assumir a vida e a educação do filho, de forma independente, sem parceria masculina, como, também, pode submeter-se à tecnologia médica de reprodução humana e tornar-se pai sem dar consentimento, ou, como doador de sêmen, com desconhecimento da existência de um filho. São condições, que ameaçam seu direito de desejar, planejar e se organizar para ser pai e que de certa maneira o levam a um modo de vida egoístico (ou vazio e irresponsável para outros).

Convém lembrarmos um pouco mais o entendimento do homem como pai, cuja imagem guarda resquícios de sua origem na atividade familiar do patriarca colonial. Costa (1983), nos auxilia a resgatar o pai antigo, proprietário de bens, escravos e filhos, disposto a impor sua lei e seus direitos e a resguardar seu nome e sua honra. Autoritário, se isentava de maiores compromissos e de manifestações afetivas para com os filhos, cuja relação era marcada pela ideia da diferença, como afirma Figueira (1987), ao se referir à hierarquia familiar: “adulto é diferente de criança, está na posição de quem sabe ‘mais e melhor’, e pode – e mesmo deve – de quando em quando, mostrar seu poder através do exercício legitimo da disciplina” (Figueira,1987, p. 15). O pai exercia o poder na casa, com força para manter o círculo vicioso em que a família estava secularmente encerrada. Sua autoridade valia tanto para os filhos como para a mulher, que dele dependia economicamente e a quem se submetia de acordo com as regras estabelecidas. A importância do pai, do patrimônio e da religião reduziu, expressivamente, o espaço físico e sentimental da criança, visto que ao pai, interessava apenas o filho adulto capaz de herdar seus bens e levar adiante o seu trabalho e enriquecer a família. Com um número de mulheres cada vez maior ingressando no mercado de trabalho e conquistando a independência econômica, ocorreram novos arranjos familiares, com significativa mudança nas relações entre homens e mulheres, como a separação entre papéis conjugais e papéis parentais (Moraes, 2001).Um novo perfil de pai foi se esboçando:É um homem oriundo das classes médias ou altas, que se beneficia de uma formação e de uma renda mais elevada que a média. Tem uma profissão liberal que lhe permite, bem como à sua mulher, dispor livremente de seu tempo e rejeita a cultura masculina tradicional. A maioria se diz em ruptura com o modelo de sua infância e não quer, por nada, reproduzir o comportamento do pai, considerado “frio e distante”. Eles almejam “reparar” sua própria infância. Finalmente, vivem com mulheres que não têm vontade de ser mães em tempo integral. (Badinter, 1992, p. 172);


E temos então vários conflitos que se instauram tanto nos pais, como nos filhos, futuros pais.


O pai à moda antiga que se deprime pois enfrenta às queixas familiares e os desafios da vida como o desemprego, a manutenção do conforto e a segurança do lar, que também lhe impõe a família. Enfrenta a esposa que se revolta com sua “omissão”, que reclama a falta de atenção ou incompreensão, que acaba por desrespeitá-lo na presença dos filhos. E estes filhos homens, que por sua vez, ao invés de vê-lo como um Homem, um ícone, acabam vendo-o como “pai careta” e ausente, e que buscam na “mãe-pai” o modelo que eles irão representar no futuro com suas “esposas-homem”, que deverão dividir com ele o dever paterno, de provimento de orientação, segurança e conforto familiar.

Entretanto, as filhas mulheres, criadas nesse novo modelo, acabam não se interessando muito em exercer o papel da mãe à moda antiga, algumas buscam muito mais sua liberdade e gozo de prazeres, e como contrassenso, desejam constituir família às custas do esforço masculino (de um pai à moda antiga que já não se encontra a disposição); outras, ao contrário buscam sua emancipação intelectual e social, e sua independência financeira, não dispõem de tempo para criar filhos, e não raro tem no homem apenas seu objeto de prazer e luxúria que promovem algumas cenas bizarras de homens tipo “bonequinhos de madame” ou maridos “donas-de-casa”.

Se no modelo “antigo”, o papel da mãe era mediadora na relação pai-filho, apaziguando conflitos, hoje, ou esse papel se inverte, ou é exercido apenas por psicólogos, terapeutas ou educadores, visto o despreparo dos cônjuges, que raramente habitam o mesmo lar... Quando a ausência do pai foi inevitável, seja por morte, ou separação do casal, a mãe deve tentar manter sempre sua presença viva, ou substituí-la por um avô, ou outra presença masculina digna de representá-lo, dada a importância da presença masculina na formação dos filhos. Para Aberastury (*), o pai representa a possibilidade do equilíbrio pensado como regulador da capacidade da criança investir no mundo real. A necessidade da figura paterna no processo de desenvolvimento infantil ocorre entre seis e doze meses, quando a criança se vê inserida no triângulo edípico, denominado organização genital precoce, e, na adolescência, quando a maturação genital obriga a criança a definir seu papel na procriação, havendo um movimento mais intenso na adolescência para que o filho alcance maior autonomia.

UROBORO

Cavalcante (*), apoiada pela teoria junguiana, sustenta que o arquétipo do pai, vivenciado através da encarnação no pai real, é o símbolo que promove a estruturação psíquica da criança e lhe permite abrir-se para o horizonte de novas possibilidades. Neste sentido, a identificação da criança com o universo de seu pai se dá por meio da experiência da interação, quando ele aparece como interdito na relação urobórica (*), entre mãe e filho e a sua presença marca, simbolicamente, a dinâmica de rompimento desta fase.


Eizirik e Bergamann (*) afirmam que a ausência paterna tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança, bem como influenciar o desenvolvimento de distúrbios de comportamento.

Desde o útero, a criança já escuta e discrimina a voz dos pais devido à diferença de tonalidade. Portanto, o vínculo do bebê com a figura paterna se inicia ainda no útero.


É comum atualmente, vermos ligações de pessoas de mesmo sexo, tentando formar famílias onde haverão papai e papai, mamãe e mamãe, onde talvez nenhuma delas esteja conseguindo exercer adequadamente suas funções, mesmo com todo amor que porventura exista na relação.

Ser pai não é duplicar a função de mãe mas sim dar uma nova dimensão à vida da criança.


Afinal, para aonde foi o “Pai Herói”? Era aquele de outrora ou é este da atualidade? E quem será ele amanhã???


SER PAI NA VISÃO ESPÍRITA

Questão 582 de O Livro dos Espíritos: Pode-se considerar a paternidade como uma missão?

- “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.”


A paternidade é uma missão, e muito importante, dentro da sociedade. Os pais são os instrumentos por onde o Espírito toma um corpo físico, revestindo-se de oportunidades para elevar-se.


A missão de ser pai e mãe, pela lei da justiça é, igualmente, uma obrigação, porque antes receberam também esta misericórdia dos seus pais, para que se materializassem no corpo pelos processos da reencarnação. Todos os Espíritos têm de passar pelos mesmos caminhos, que são processos espirituais criados por Deus. Ele sabe o que mais nos convém.


A paternidade é uma verdadeira missão, no entanto, muitos não cumprem suas tarefas como tutores dos que chegam em seus lares com o verdadeiro amor. Os pais desleixados sofrem depois ao verem seus filhos em decadência, por vezes por falta de atendimento na sua educação, esquecendo-se de instruí-los. A esperança que todos temos é que, com o tempo e as reencarnações, os pais vão despertando, tanto quanto os filhos, e nas junções dos valores todos melhoram pela maturidade.

O instrumento primeiro para todas as famílias é o Evangelho de Jesus.

Quando ele entrar nos lares como carta divina de educação, a harmonia irá chegar aos corações e seus ocupantes tomar-se-ão melhores, conscientes dos seus deveres junto à família e à sociedade. O homem tem mais necessidade de Jesus do que de alimento para o corpo. O ser humano, e mesmo o espiritual, deve decidir-se logo a despojar-se das coisas inconvenientes e ir depressa em busca do Mestre, solução para todos os seus problemas. “Os pais devem entender que são agentes de Deus para a educação daqueles que o Senhor colocou em seu caminho, entretanto, devem livrar-se do apego demasiado, para que os filhos não venham a depender sempre dos seus esforços”. Comentários do espírito Miramez. A criança necessita do par conjugal adulto para construir dentro de si imagem positiva das trocas afetivas e da convivência. Durante o desenvolvimento da personalidade, o pai real se sobressai e ganha consistência quando a criança o percebe enquanto desejo da mãe e objeto daquilo que o filho está apto a apreender dele, estabelecendo uma dialética. Pode-se observar que os filhos necessitam de apoio e segurança e de valores que naturalmente cabe ao pai transmitir. Os jovens procuram no seu pai um modelo com o qual possam se identificar. Se o pai está ausente, outros modelos virão ocupar esse vazio...

ALGUMAS DICAS PARA SER UM BOM PAI

Manter o equilíbrio na relação entre mãe e filhos (estar presente nos momentos com o bebê apoiando a mãe, não exigindo exclusividade dela e nem dele); Dar condições para a criança perceber-se como ser autônomo (A presença do pai provoca a passagem da estreita relação mãe-filho, de natureza biológica natural, para uma relação triangular de natureza social); Introduzir a criança no mundo do conhecimento (Lacan, afirma que “o pai é o primeiro outro que a criança encontra fora do ventre da mãe, assim o pai encarna inicialmente a “não mãe” e dá forma a tudo que não seja ela”); Introduzir a criança no mundo da autoridade (A autoridade do pai é indispensável à formação da personalidade dos filhos assim como seu exercício adequado irá ensinar-lhes a se submeterem a uma estrutura social feita de leis e obrigações);


Ser modelo de masculinidade e paternidade (O pai existe porque existe o ser

humano de sexo masculino. Isto tem consequências: o pai não pode ser só o progenitor, mas também o representante do sexo masculino. Sua existência contribuirá para a formação (construção) da personalidade do filho); Reservar tempo para sua família (todo esforço pelo conforto ou para si mesmo, não é compatível com a formação de uma boa família);

Melhorar sua comunicação (seja um bom ouvinte, aprenda a ouvir sem criticar); Dar disciplina amorosa e elogios (A disciplina inclui amor, conselho, correção, educação e castigo, quando necessário); Manter amor e respeito entre o casal (o amor e respeito entre marido e mulher devem ser recíprocos e são fundamentais para estabelecer um bom ambiente familiar); Estar presente nos momentos felizes e difíceis da família (isso fornecerá a segurança necessária ao desenvolvimento dos filhos); Sorrir sempre que possível (evitar descontrole e raiva nos incidentes do dia-a-dia e dar boas risadas com a família para manter o clima de alegria do lar); Ensinar a Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo (uma família que não crê ou não sabe estabelecer uma relação cordial com o Pai que está no céu, dificilmente, saberá manter uma relação de amor entre si e com a sociedade).

Finalizando...

Dado o que foi estudado anteriormente, ser pai é importante? Ou será que a mulher é suficiente para o desenvolvimento da criança?

Em momentos anteriores, o desenvolvimento da personalidade humana foi estudado baseando-se relação mãe-filho. Porém, os estudos psicológicos da atualidade sobre os desvios da personalidade mostraram que o pai participa de forma completa na organização ou desorganização da personalidade do filho.

Ser pai, acima de tudo, é participar de forma efetiva desde a concepção, tendo como elemento fundamental o Amor. Amor manifestado e cultivado, através do carinho, do respeito, da presença e do exemplo masculino positivo.





A mídia que estimula o consumo excessivo, incentiva os filhos a cultuarem a imagem de um “Pai Rico” em valores materiais e menosprezarem o “Pai Pobre” desses valores, porém rico em amor, capaz de amá-los e ensinar-lhes o verdadeiro significado do amor paterno.

Temos exemplos constantes no dia-a-dia, de famílias humildes que se sustentam pela fé, o amor a Deus e superam unidas as piores dificuldades, em contrapartida a outras, abastadas, onde só impera o interesse material, a discórdia e o desamor.


Com certeza este tema tão importante que tem sido objeto de estudo por vários autores, autoridades no campo da psicologia e das ciências sociais, merece ainda muitas páginas de dedicação.


Espero que o artigo lhes tenha trazido boas reflexões, até breve!

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Provérbios 23.13 - “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.”

Provérbios 3.12 - “Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.”

Timóteo 3.4 - “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia.”---

FONTES:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC) -Copyright 2009 Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os direitos reservados / All rights reserved.

http://www.igrejasunidas.com.br/conhecimentobiblico.com.br/forum4/index.php?topic=1340.0

Aberastury A. A paternidade. In: Aberastury A, Salas EJ, eds. Paternidade: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre:Artes Médicas;1991. p.41-87.

Cavalcante R. O mundo do pai: mitos, símbolos e arquétipos. São Paulo:Cultrix;1995.(*)Fase Urobórica - primeiro estágio da vida, em que o bebê ainda não desenvolveu identidade de gênero, nem pulsão de vida ou de morte e que, por isso, ainda não se diferenciou da figura da mãe e considera a ambos como uma só coisa. Esta fase é considerada urobórica.

Eizirik M, Bergmann DS. Ausência paterna e sua repercussão no desenvolvimento da criança e do adolescente: um relato de caso. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2004;26(3):330-6.

Costa JF. Ordem médica e norma familiar. 2ª ed. Rio de Janeiro: Graal;1989.Figueira SA. Uma nova família? O moderno e o arcaico na família de classe média brasileira. Rio de Janeiro:Jorge Zahar;1987.

Gomes AJ, Resende VR. O pai presente: o desvelar da paternidade em uma família contemporânea. Psic.: Teor. e Pesq. 2004;20(2):119-25.

Resende VR. A paternidade e o resgate da experiência humana do homem [Resumo]. In: UNESP, Org. Anais, III Fórum de Debates em Extensão Universitária e Assuntos Comunitários. Bauru: UNESP;1997. p.46.

http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/o-que-e-ser-pai/#.V7I3SFsrLb0


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